Quando tratamos da proteção de circuitos elétricos, relacionamos diretamente esse tópico com disjuntores e fusíveis. De certa forma, é correto pensar isso, mas mesmo com um dimensionamento bem feito temos de lembrar que podem existir problemas que não controlamos. Esses problemas podem ser, por exemplo: grande número de réguas elétricas colocadas nas tomadas, descarga de raios e fiações antigas.

Todos esses problemas podem causar picos de corrente que podem sobrecarregar os equipamentos elétricos da casa. Por isso, devemos ter um sistema de proteção que garanta que os equipamentos não sofrerão danos caso haja um surto de corrente, mas, para isso, precisamos entender cada um desses dispositivos de proteção.

Os principais dispositivos de proteção são o disjuntor termomagnético, o interruptor diferencial residual (IDR) e o dispositivo de proteção contra surtos. Os fusíveis, por mais que sirvam para proteção, não entram nesse caso, pois protegem um equipamento específico ou um grupo que esteja conectado a ele, mas não o circuito em si.

Os disjuntores termomagnéticos funcionam abrindo o circuito, ou seja, interrompendo o fluxo de corrente quando o circuito é submetido a uma carga excessiva por um período prolongado de tempo, ou um pico de corrente que, da mesma forma pode sobreaquecer os condutores. O disjuntor termomagnético evita o desgaste e queima dos condutores do circuito ao interromper uma carga excessiva ou um pico de corrente.

O Interruptor Diferencial Residual, ou IDR, funciona como uma proteção contra choques elétricos. Ele é necessário para qualquer instalação que siga as normas da NBR 5410. Ele é capaz de detectar fugas de corrente, ou seja, quanta corrente que sai dele para alimentar o circuito e quanta corrente volta pelo neutro. Essa fuga de corrente pode indicar alguma falha na isolação ou um choque elétrico. Por conta do alto preço do IDR, ele é geralmente utilizado apenas um para todos os circuitos da casa, como um disjuntor geral. O problema que isso pode causar é que, caso haja uma fuga de corrente, todos os circuitos serão desligados.

Por fim, discutiremos os Dispositivos de Proteção contra Surtos. Eles detectam variações bruscas na tensão elétrica do circuito, causada muitas vezes por descargas atmosféricas. Esses picos de tensão podem danificar os dispositivos da residência. Para a prevenção de tal acontecimento é normalmente usado um DPS, capaz de limitar sobretensões e enviar ao terra os surtos de corrente que podem vir caso uma descarga atmosférica entre em contato com a rede elétrica.

Sendo assim, é necessário sempre possuir bons dispositivos de proteção para circuitos residenciais, tanto para a proteção de equipamento, condutores ou para a proteção dos residentes. Lembramos que, para isso, o dimensionamento deve ser bem feito para que o desarme de dispositivos de proteção não se torne um incômodo.

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