Entenda o que é a Energia Reativa Excedente e como ela pode afetar de maneira significativa a saúde financeira do seu estabelecimento.

O que é?

A energia elétrica é composta por duas componentes: Ativa e Reativa. A energia ativa é a parte que efetivamente permite o funcionamento dos equipamentos elétricos e eletrônicos. Já a reativa é a parte que gera os fluxos magnéticos necessários para o funcionamento de motores indutivos.

Apesar de ser uma componente importante, o excesso de energia reativa pode ser prejudicial ao sistema elétrico. Isso porque seu excedente provoca um aumento de perdas de energia por aquecimentos e quedas de tensão, além de aumentar gastos com superdimensionamento de condutores.

Para definir um limite de energia reativa aceitável, utiliza-se um indicador chamado ‘fator de potência’, que reflete a relação entre a energia ativa e a reativa. De seus conceitos básicos, conclui-se que, quanto maior a energia reativa, menor é o fator de potência.

 A Resolução Normativa Nº 414  da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – prevê que consumidores do grupo A (industriais e comerciais) sejam taxados caso apresentem um fator de potência abaixo de 0,92. Ademais, consumidores do tipo B (residenciais) também estão sujeitos à multa, apesar da medição de fator de potência ocorrer de forma facultativa.

Qual o impacto da tarifa EREX na minha conta de luz?

Uma vez que você tenha recebido uma notificação de energia reativa excedente, ou outras denominações para energia reativa por parte da distribuidora, terá até 90 dias para corrigir este problema em suas instalações.

A tarifa EREX pode afetar de maneira significativa na saúde financeira do seu estabelecimento. Como evidenciado no Manual de Tarifação da Energia Elétrica da PROCEL, a cobrança percentual é feita sobre o valor da conta de luz.

 Isso quer dizer que, caso um estabelecimento apresente fator de potência de 0,75, o custo excedente será de aproximadamente 20% (0,750,92 – 1) do valor de sua conta.

Como saber se estou pagando esse excedente?

As cobranças sobre a energia reativa aparecem na própria conta de luz. Geralmente estão sinalizadas como ‘excedente de consumo reativo’ ou siglas como EREX e FER. As causas mais usuais para o baixo fator de demanda e, portanto, cobrança do excedente são:

• Motores operando com pequenas cargas por muito tempo;
• Grande quantidade de motores de pequena potência;
• Superdimensionamento dos motores;
• Transformadores alimentando cargas pequenas;
• Lâmpadas de descargas (de vapor de mercúrio, fluorescente, etc.) sem correção individual do fator de potência.

Uma vez que você tenha recebido uma notificação de energia reativa excedente, terá até 90 dias para corrigir este problema em suas instalações. Logo, é preciso solucionar este revés de forma rápida e precisa.

É possível resolver esse problema?

Sim! A correção do fator de potência pode ser feita desde procedimentos simples até mais complexos. O dimensionamento correto de motores e condutores na instalação ou a instalação de um banco de capacitores são algumas das possíveis soluções.

Este último procedimento tende a ser o de maior eficácia, pois permite a instalação de outros equipamentos sem a necessidade de investimentos em transformador ou substituição de condutores. Porém, é necessário um investimento mais alto e de um serviço mais rigoroso e personalizado.

Além disso, a utilização de um banco de capacitores mal dimensionado pode ser ainda mais danoso para a instalação, gerando a cobrança de outra multa. Assim, se faz necessário um estudo minucioso na instalação para se apontar a melhor solução.

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